Proletários de todos os países: UNI-VOS! PCP - Reflexão e Prática

Textos de: "Manuel Gusmão"

Nº 331 - Jul/Ago 2014

A revolução portuguesa e o seu impacto cultural

A revolução portuguesa, ao libertar Portugal do fascismo e dos laços de dominação e dependência do colonialismo democratizou profundamente a sociedade portuguesa e tinha, naturalmente, que abrir caminho na vida cultural e especificamente artística do país. Na periferia de uma Europa capitalista que, durante cerca de 30 anos não conhecera nenhuma revolução, coube ao povo português, mercê de determinados factores externos e internos e graças à sua luta, fazer irromper nessa Europa a realidade e a esperança exaltantes de uma revolução.

Nº 320 - Set/Out 2012

O PCP e a integração de intelectuais

A VI Assembleia do Sector Intelectual da ORL, que se realizou na Casa do Alentejo a 28 de Abril de 2012, sintetizava no seu lema os seus objectivos: Mais Partido entre os intelectuais, mais intelectuais na luta do povo: Organizar, reforçar, agir.

Facilmente se reconhece no lema o enunciar encadeado de alguns dos nossos objectivos fundamentais, hoje: levar cada vez mais trabalhadores intelectuais a lutarem pelas suas reivindicações específicas e a participarem, lado a lado, nas manifestações, greves e outras acções de protesto e de luta do povo trabalhador. Sabemos, entretanto, que para que esse objectivo possa ser alcançado é necessário que o Partido seja mais presente e activo entre os intelectuais, para poder ser mais escutado e seguido, por eles e por outros grupos sociais.

Nº 320 - Set/Out 2012

O PCP e a integração de intelectuais

A VI Assembleia do Sector Intelectual da ORL, que se realizou na Casa do Alentejo a 28 de Abril de 2012, sintetizava no seu lema os seus objectivos: Mais Partido entre os intelectuais, mais intelectuais na luta do povo: Organizar, reforçar, agir.

Nº 314 - Set/Out 2011

O anticomunismo, arma estratégica da ideologia burguesa

A ideologia burguesa é a ideologia da burguesia. Dizer isto parece ser uma banalidade sem consequências ou uma mera tautologia Mas talvez não o seja. É que uma das características básicas da ideologia burguesa consiste em recusar que seja uma ideologia e que seja referida a um sujeito social preciso, a burguesia.

Nº 312 - Mai/Jun 2011

O Partido e os intelectuais nos anos 40 - O caso Bento de Jesus Caraça

A reorganização do PCP e os seus III e IV Congressos (o I e o II ilegais), realizados respectivamente em 1943 e 1946, marcam a história de Portugal nos anos 40.No prefácio (de 1997) ao Informe Político do Comité Central ao IV Congresso do PCP, Álvaro Cunhal escreve: «A grande maioria dos quadros de direcção que se formaram nos anos da reorganização vinha da classe operária e revelava-se e forjava-se na intervenção directa e destacada em lutas de massas.

Nº 308 - Set/Out 2010

A formação do escritor José Saramago - Um livro decisivo: Levantado do Chão

No prefácio que escreveu para a edição de Uma família do Alentejo, de João Domingos Serra, José Saramago diz de si mesmo enquanto escritor por alturas de 1975: «Era esse o tempo em que não tendo feito até aí mais que uns quantos  poemas e umas quantas crónicas, obra limpa sem dúvida, mas mais do que modesta, tinha começado a dar voltas a uma ideia ambiciosa, nada menos imagine-se, que uma história sobre o campo e quem lá trabalha e malvive.»

Nº 300 - Mai/Jun 2009

Soeiro Pereira Gomes - Um militante que era escritor

Soeiro Pereira Gomes é o nome de um escritor que era militante comunista ou de um militante comunista que era escritor? Soeiro Pereira Gomes foi alguém, um indivíduo concreto, que foi indissociavelmente uma e outra coisa, que construíu com a sua vida essa unidade íntima de duas qualidades distintas, num período histórico difícil mas exaltante.

Nº 295 - Jul/Ago 2008

Marx e o trabalho - Algumas notas a pensar no presente

No centro da ofensiva capitalista, económica, social e política, na sua orientação dominante que é a do neoliberalismo, está uma profunda depreciação do trabalho. Embora esta depreciação se articule com outras práticas e objectivos da política neoliberal, ela assume características e produz efeitos de tal modo nocivos e perigosos que talvez justifique um tratamento relativamente autónomo, que aqui se propõe esboçar, com referência e apoio em textos de Marx.

Nº 291 - Nov/Dez 2007

A Revolução de Outubro - Vitória de esperanças e sonhos milenares

A Revolução Socialista de Outubro significa um profundo revolucionamento político, económico, social e cultural, que transformará radicalmente a vida de populações habitando um território enorme. Entrega o poder àqueles que sempre dele tinham sido afastados e o tinham apenas sofrido, começa a construir um sistema político que une as dimensões representativa e participativa da democracia, altera o regime jurídico e social da propriedade e as relações de produção e lançará um impetuoso desenvolvimento das forças produtivas. A revolução é também um poderoso revolucionamento cultural. A educação de milhões de pessoas torna-se uma prioridade estratégica, a revolução leva à escrita povos que a não tinham, elimina, num curto prazo histórico, o analfabetismo; é acompanhada por um florescimento artístico e cultural incomparável e cria as condições para um desenvolvimento científico impetuoso. As transformações nas diferentes esferas da vida social afectam efectivamente os modos do viver colectivo e as suas representações e valores.

Nº 290 - Set/Out 2007

Cultura e ideologia (*)

Quando Marx, em O Capital, analisa o processo de trabalho, «antes de mais, independentemente de qualquer forma social determinada», mas já supondo uma forma que pertence exclusivamente ao homem, considera como momentos simples e abstractos desse processo «a actividade conforme o objectivo, ou o próprio trabalho, o seu objecto e o seu meio. Estes três momentos entram em relações de interdependência e o processo é basicamente o de uma múltipla transformação – o objecto de trabalho é transformado num outro objecto, o produto. O processo, repetindo-se, pode vir a transformar-se pela descoberta e incorporação de novos meios e instrumentos e, finalmente, o trabalhador torna-se em acto naquilo que apenas era em potência – «força de trabalho actuante, operário».

Nº 288 - Mai/Jun 2007

O anticomunismo e o branqueamento do fascismo - Aspectos de uma ofensiva reaccionária

Como se esperava o concurso televisivo sobre «o melhor português» acabou atribuindo a vitória ao ditador Salazar. No universo da televisão manipulada e manipuladora é assim que as coisas acontecem. Dias antes, um grupo de provocadores fascistas conseguira mistificar algumas dezenas de populares, mas não conseguira impedir a realização, em Santa Comba Dão, de uma sessão promovida pelo núcleo de Viseu da URAP contra as intenções de criação, naquela vila de um museu dedicado à memória do ditador; dias depois, num outro recanto do mundo real, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, os estudantes davam uma expressiva vitória a uma lista unitária que incluía jovens comunistas (818 votos) contra uma lista que integrava elementos assumidamente de extrema-direita (81 votos). O resultado chegava depois de uma força da PSP ter impedido que um grupo de jovens democratas acabasse um mural que substituía símbolos nazi-fascistas por motivos emblemáticos do 25 de Abril.